Itapema ocupa o primeiro lugar no ranking de imóveis com maior valorização na região. A informação é do Anuário do Cenário Imobiliário em 2018, que acaba de ser concluído pelo Sindicato da Habitação (Secovi). Os imóveis alcançaram aumento de em média 8,9% no metro quadrado dos apartamentos – o dobro do índice atingido em 2017.

Os apartamentos de quatro dormitórios, de maior valor de venda, foram também os que tiveram maior valorização: o índice alcançou 10,2% entre janeiro a dezembro do ano passado.

A pesquisa avaliou o preço de venda de imóveis em Itapema, Itajaí e Balneário Camboriú, os três maiores mercados da região. Entre os três municípios, Balneário teve aumento na média de valorização, que saltou de 4%, em 2017, para 5,9% em 2018. Já Itajaí registrou retração – de 5,5% para 0,8%.

Demanda

Presidente do Secovi-SC, Sérgio Luiz dos Santos avalia que a valorização mais tímida em Itajaí se deve à grande oferta de mercado – resultado do boom da construção da civil nos últimos cinco anos. Diferente de Itapema e Balneário Camboriú, foram os apartamentos menores, de um dormitório, que alcançaram o melhor índice de valorização na cidade: 5%.

Mais caros

Embora Itapema lidere a valorização, Balneário Camboriú segue no topo do ranking quando o assunto é preço. O metro quadrado de um apartamento de quatro dormitórios custa R$ 13 mil, quase o dobro da cidade vizinha. A escassez de terrenos explica a supervalorização do metro quadrado.

Análise

O Secovi deve lançar uma nova pesquisa de mercado em agosto, com os dados do primeiro semestre deste ano. Para o presidente do sindicato, a tendência é que os índices permaneçam semelhantes aos de 2018. Santos avalia que, diante da economia retraída, a indústria da construção civil tem segurado novos lançamentos, e isso interfere nas oscilações de preço – a tendência é “segurar” os valores, o que pode indicar um bom momento para investidores.

O presidente do Secovi aposta em medidas de crescimento econômico com obras públicas e financiamento de baixo custo, para aumentar a capacidade de compra, como forma de reaquecer o mercado.